Não precisamos fazer milagres,
E nem vamos assumir todos os pecados.
Falar vinhos que se transformaram em vinagres
E do futuro, que no minuto seguinte virou passado...
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Talvez vamos falar do botão que virou flor
E dos pássaros que sutilmente pairam no ar
Ou do significado da palavra AMOR
Ou apenas de nossa capacidade de AMAR...
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Vamos falar desta sua boca, entre a púrpura cor,
E de você, minha negra luz divina...
Um espectro da redenção de um pecador,
Magia que vem de dentro, de teu olhar de menina...
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Não vamos discutir o milagre do amor,
E nem o preto e branco, a mistura das raças!
Pois quem ama ao invisível não vê cor,
E do amor faz fogo, nunca fará fumaça...
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Meu Anjo Negro, eu te amo pecaminosamente,
E o pecado, é apenas um acidente de Deus!
Então me tenha cuidadosamente,
Aos teus braços, os meus pecados são meus...
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Amo-te como num milagre que faz nascer o dia,
Como a chuva que banha solidária a plantação!
Amo-te como as músicas e suaves melodias
Como Jesus, e o milagre da multiplicação...
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Não, sei que não precisamos falar em milagres,
E nem procurar neste amor alguma redenção!
Talvez apenas ver o amor que entre nós interage,
Sendo este amor, a minha maior ambição...
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Eu te amo meu Anjo Negro de flor e poesia,
Em cada beijo, em cada desejo não mencionado!
Amo-te, no amanhecer a cada dia,
Amo-te, meu eterno ser sagrado...