Poemas -> Introspecção : 

O rotineiro poema

 
O meu poema reza o terço
Desde que eu era pequeno
Ainda eu estava no berço
E já o ouvia rezar sereno

Baloiçava na cadeira
Em ritmos compassados
Ficava nisto, a tarde inteira
Enquanto ainda na lareira
Ardiam os ledos passados

Iam pousando as cinzas
Levemente no chão, carregadas
De memórias
Imortalizadas por quem as viveu…

Todos os santos dias se repetia
Com frenético rigor
A compassada correria
Comandada pela clara dor
Que o poema sentia…

Luís Daniel Camões
9/07/2010


Eternamente Luís Camões /António Plácido

 
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camões
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Enviado por Tópico
Junior A.
Publicado: 04/09/2010 19:02  Atualizado: 04/09/2010 19:03
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 Re: O rotineiro poema
"Todos os dias, santos, se repetia
Com tal beleza e ardor
Que mal parecia que o sentia,
Dele próprio o fazia, rancor...
De o deixar, fingir que não via."

Mui bueno Poeta, acometeu-me o desejo,
Que falar acerca do meu que me enreda,
Enreda, mas sempre dele, nunca encerra.