Neon perece na fremente aurora.
Esmorece na boca da última puta.
Seus dentes tombam,uma ferida infeccionada reveste-se de esperma.
A licenciosa decadencia atinge-me na miséria
Desejo apenas a pequena morte.
A futilidade apaga-me,a identidade desaparece
A hipocrisia aparta-me da tristeza e o afago da solidão
Corrompe a lívida liberdade.
Não posso reprimir a sensação de esgotamento
Caminho autômato como vivo,resido em uma cela.
Nenhum carro atravessa a avenida,lama afoga-se na poluída pobreza.
Janelas fechadas confessam crimes ocultos
Uma garrafa parte-se.
No que resta da madrugada meus olhos pregam-se
Enquanto uma criança é esfaqueada e atirada no rio.
O sangue chega aos meus pés.