Penetrei no arvoredo
Insensatez algo mundana
Pelo rastilho que vem do medo
Simulei essa entrada
Algoz de um semblante
Pela terra já desbravada
Observei a preceito
Aquele lugar tão disforme
Sempre num desajeitado jeito
Quase caí no degredo
Pela raiz bem humana
De não ocultar um segredo
A terra foi perturbada
Pela revolta constante
E pela ameaça então ventilada
Logo duvidei do conceito
Mudei o meu uniforme
Saindo daquele solo putrefeito
Pisarmos os calos de quem
Tem dificuldade no andar
É como não ligar a alguém
E ninguém querer respeitar
Ou invadir um lugar de além
Sem sequer pedir para entrar
António MR Martins
2010.08.30
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...