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SEM PRESSA

 
SEM PRESSA
Paulo Gondim
30/08/2010

Um solitário sopro de trompete
Invade o aconchego da sala
Num canto do sofá, um livro aberto
Perguntando por que pouco se fala

A melodia aos poucos se perde
Entre quadros de antigas fotografias
Como se perdem meus devaneios
Entre dúvidas e vãs filosofias

Outra música inicia um novo tom
Vibrando a velha estante de madeira
A solidão parece bailar comigo
Minha inseparável e única companheira

Vejo passar lentamente o tempo
A pressa já não se faz tanta assim
Os anos já me pedem até desculpas
Pelos sonhos que já se vão de mim

O trompete deu lugar ao piano
E posso sentir em cada dedilhar
A paz de quem já não tem pressa
E em cada acorde, vontade de dançar


Paulo Gondim

 
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Paulo Gondim
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 31/08/2010 09:43  Atualizado: 31/08/2010 09:43
 Re: SEM PRESSA
Tocou-me o cenário, a descrição poética e a paisagem interior descrita.

Aplauso.

Abraço

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 31/08/2010 10:28  Atualizado: 31/08/2010 10:28
 Re: SEM PRESSA
Ola poeta

Diria que o poeta com a sua pena esboçou um belo quadro por acabar. Um poema admirável e o meu gosto sincero pelo que escreve.

Beijo azul