Violinos dançam na negra noite,
tocam doces melodias,
em tons melancólicamente ditando promessas...
em notas que vibram a almas perdidas,
que se cruzam e descruzam na vida deste trovador...
Almas que endoidecem, lutam pelos seus direitos,
e no sofrimento dos sons lançados ao vento,
lá vamos outra vez até os sons afinarem,
lá vamos outra vez até a musica sair perfeita,
e agora... que os sons saiem com a força que desejo...
e agora... ...
Eu nasço, reviro-me e endoideço para capturar as notas,
elas que me fazem escrever e reescrever ao ritmo,
desse coraçao que sinto encostado no meu peito,
em corpos nús, só cobertos dos sonhos,
que jamais as sombras nos roubaram,
que jamais o pôr do sol nos fechou o dia.
E quando sentires a tua mão a vibrar,
segura na minha com a maior força possivel,
endoidece, e endoidece-me,
olha nos meus olhos,
olha na minha alma,
e nesse momento...
Deixa que os sonhos sejam nossos,
que as palavras se escrevam numa sintonia de batidas,
numa sintonia de sentimentos...
numa sintonia de corações...
e quando houver momentos,
em que as lágrimas são a cor da nossa escrita...
deixa te respirar a dor,
e agarra a minha mão,
eu irei viver cada lágrima a eu lado,
eu não sou super homem, ou sequer Deus,
sou um simples trovador,
errante como qualquer sonhador,
mas com o fervor que me corre nas veias...
podes ter a certeza...
estarei lá...
estarei para ti nesse momento.
E quando a escuridão parecer querer devorar-te,
e os momentos parecerem já não ritmar,
e as palavras já nem musica são,
são gritos de ajuda lançados num sétimo andar qualquer...
aí...
olha para mim,
pois estamos no mesmo caminho, na mesma rota,
o trilho é sincrono, se te doi, doi-me a mim,
se brilhas eu brilho,
se sorris, eu ireí sentir-me mágico,
porque fiz um arco iris brilhar,
serei mago, ...
porque ...
adoro a maneira como sorris...
adoro a maneira como sentes,
e quando as nossas mãos se cruzam...
quando os nossos corações pulsam,
nem preciso saber o teu nome,
nem preciso de saber o perfume que usas,
ele endoidece-me,
ele amanhece em mim,
permaneceu no meu corpo,
naquele cruzar de olhares,
onde danças-te dentro de mim,
onde te tatuas-te porque a vida brilhou dentro de ti...
tal como brilhou em mim...
tal como brilhou em nós...
Alexander the Poet