Poemas : 

POMPA E CIRCUNSTÂNCIA

 

Era 25 de dezembro...
A CASA GRANDE estava toda iluminada.
Vibrando festivamente no preparo
Da grande festa para comemorar
Os 15 anos da menina Alice.
Nunca vi tanta fartura:
Carnes, bolos, doces frutas e licores.

Fiz uma visita à senzala.
Pobres escravos, deitados em volta
De uma foueira czinhando feijão com mandioca...
O olhar triste dessa pobre gente
Me condoeu atá o limite da resistência humana.

Voltei à cas grande e como eu era
advogado do Coronel, fiz-lhe um pedido:
-Quero oferecer uma cesta de alimentos
ao escravos.
-Pode fazer á vontade:
Preparei uma cesta com tudo o que
Existia de bom e do melhor
E Entreguei aos escravos...

Nessa noite dormi feliz
E tive um belo sonho:
Uma comunidade de negros,
Todos bnitos, bem vestidos e perfumados
Entravam numa catedral
Com toda a pompa e circunstâcia.
Para assistir a missa go galo:
Era Nita de Natal...
 
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JBMendes
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Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 30/08/2010 22:33  Atualizado: 30/08/2010 22:33
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Usuário desde: 24/01/2010
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Mensagens: 9299
 Re: POMPA E CIRCUNSTÂNCIA
Querido Amigo
Poeta conterrâneo!

Muito triste foi a escravidão.
Bem como o senhor fala, na casa grande comida farta e na senzala a humilhação de comer pior que os animais.
O seu sonho hoje é uma realidade.
Belo poema!
Bjinhs
♫Carol