A rouquidão da minha voz faz história
A minha história que os outros veem
E muitos se desvencilham como os dentes
Que se atraem mas não sorriem de glória!
Assim, a melodia dos versos entoa
Um canto carmesim já sem fronteira
Quem sabe o rouxinol não esteja à minha beira
Quem sabe seja apenas um mantra que perdoa
Um verso mudo ecoa neste poema
Não sei o que dizer se a vida já disse tudo
Sem versos altos pra gritar o tema
Venho aqui dizer que já mudo
E o meu canto determina o lema
Sem vitórias sigo confuso!
Ledalge, 2010
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)