Eu sinto o silêncioso e o vázio contido
Com o pensamento explodindo pra fora
Eu vejo como não veria
O que me devo entender
Entendo de dentro o que a boca
Devia sempre dizer
Perto é de longe, amor é cego
Não sei porque sei, sorrir é amor
Os cegos vêem, mais não enxergam
Aqui estou, onde o silêncio grita
A voz coxixa o rabixo do olhar
Sou mais um punhado
de curiosidades ao acaso
Que me atormenta
a realidade solta do que faço
As idéias que subjulguei
Fechadas na mente
Expostas sobre a dor
Geladas a baixo grau
Em relação ao amor
Em subscrição ao coração
Com o cérebro friu e tinguido
Roxo e bem atraido a um singelo
Tempo sem tempo
O subsídio que transcreve o tempo
sobre o vencimento que foi imposto a nós
e a hístoria que criamos
na qual iremos perpetuar
para sempre
A esperança é um alvo do abismo
Sem rumos, aos lúdicos e únicos
Caminhos dos selvagens
É um mundo sem visão
Onde o grito só nos seduz
Se ecoando num sonho fútil
Que o significado é inútil
A todas as médias que conduz
Assimilar-se no sonho, uma vida
Pode-se simular a imaginar o infinito
Uma sombra tomada pelo raio de luz
Torna-se um segundo se quiser
Uma linha pode-se ser uma vida
É um horizonte do personagem
Uma cura diante do orgulho
Julgar, apreciar, isso que me permite
Dar origem ao ofertar minha imaginação