Somos poetas,sofredores de dores alheias,
Escritores de versos descontentados e desconcertados.
Somos impostores dos sentimentos...Nos declaramos sem o mínimo
Consentimento.
Distorcemos o real para o irreal em um
Mundo sem existência,
Que representamos por extensas linhas e
Gestos tímidos.
Temos medo de não sermos compreendidos.
Aflitos com a rotina do dia-a-dia,
Recorremos para os versos,pousamos
Sobre qualquer lugar com aparência tranqüila,
Na busca de paz.Como pássaros frágeis com medo
Da forte ventania.
Me empurre para o infinito,ao som de
Instrumentos desregulados e canções desnecessárias.
Somos poetas iludidos,por um sentimento reprimido
E sem retorno.
Mas mesmo assim,ainda somos loucos apaixonados.
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2010
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