Plagas longínquas ao epitáfio do medo.
O enaltecer das colunas aos beijos de marfim.
Bebe aos enjôos a languidez das despedidas
E lamba os dedos do anseio.
Eu que mora você que padeça,
Nós que nos agreguemos um ao lamento do outro.
Choraremos em vão a latitude da liberdade que nos suportava.
Brindaremos à longitude dos caminhos que não alcançamos.
A de ser só nossas almas esse chacoalhar
Assombrado e esse rugido de maquinas.
Tudo que tenhamos dito é pungido de aspas, cólera, mormaço,
Bens que findam e não se acabam.
Ai! Como meu vicio é doce,
Como é doce o vicio do mundo,
Essa solidão milimetrada.
Esse parentesco com a vertigem.
“Pudor” disse-me uma vez uma velha mentecapta:
“Poderás o que dizes ou qualquer dia amanhecera com a boca cheia de fuligem”
E dês de então eu pondero o ponderar e a canalhice.
Sonho meu, abraça as margens plácidas do meu vazio
E faça meu medo criar asas.
Faça meu enlevo criar harpas
Faça de mim algo alem desse nada.