Quando elucido o teu sorriso,
Redescubro as delicias do teu amor.
É como um desejo sem pudor,
Que expulsa e nos tira o paraíso.
É feito voz malévola e traiçoeira
De víbora que incita-nos a perecer.
O talhe do teu corpo a meu bel-prazer...
Entrega-te a mim a noite inteira!
Então, deixa-me beijar teus lábios
Meigos, molhados, tão pequenos.
"Amar é viver!" Já diziam os sábios.
Nascemos (frutos do amor), amada
Então de amores morreremos
Sob a abóbada estrelada.
José Anchieta