Tenho vontade de escrever, mas nada me ocorre, pelo menos nada que me empolgue a escrever ou que julgue de valor.
Sentado aqui, a pensar em ti, poucos são os temas e as escapatórias que tenho, vou voltar ao tema do costume;
O meu amor, a minha paixão…….., que posso eu fazer?
Parece impossível!
Conheci-te já lá vão pelo menos dezasseis para dezassete anos.
Menina ainda, linda, fresca, apetecível, como ainda hoje, envergonhada e atrevida na tua beleza de menina. Recordo-me como se há dez minutos tivesse acontecido.
Estou-te a ver, acreditas?
Foi ali nessa noite, nesse lugar mágico que tudo começou, para todo sempre ficarei preso aquele momento, aquele lugar, afinal, foi aí que conheci a mulher da minha vida.
Dali em diante e nos tempos imediatos, como namorados, pouco, muito pouco se passou, pode-se até dizer que não passou de um namorico.
Confesso, gostei de ti mesmo assim, muito mais do que alguma vez eu pudesse suspeitar, só percebi que realmente te amava quando me desferiste aquele “murro no estômago”, aquele sem mão que me fez contorcer de amargura. Foi o meu primeiro caos, talvez, aquele que me tornou imune a quase tudo ao que de amor se tratasse, até que aparecesses na minha vida outra e outra vez.
Fiquei assim sem rumo, andei perdido, senti medo de te perder mesmo quando até já te tinha perdido. Foi a primeira vez que me deu para escrever, com sentimento. Juro que pensei vou conquista-la já no próximo encontro, vou escrever não posso perder uma palavra do que sinto, vou ser capaz. E fui, mas tudo terminou, de nada valeu, ou não, talvez tenha valido.
O que é certo, é que naquele momento entendi, percebi que tinha sido o fim, (mas não foi).
Rompi em caminhadas loucas, conquistei e deixei-me conquistar, afastei-me, deixei que te afastasses.
Um dia quieto no meu canto, ouvi a tua voz rouca.
Como esquece-la?
Aquela voz, aquela mulher, chamou por mim, fui ao teu encontro sem olhar para trás, só te decepcionei eu sei, mas nada mais consegui nesse momento. Em mim nasceu, medo, insegurança, controvérsia, tudo perdi mais uma vez.
Poucos meses se passaram, quando mais uma vez não esperava, outra vez, mais uma surpresa, mais um susto.
Outra vez tu?
Essa pessoa que mexia comigo, que sempre mexeu, fazes novamente por te cruzar no meu caminho, então pensei:
É agora, vou com tudo, se assim é ela gosta de mim.
Mas não foi, a tua mágoa ficou lá, não permitiu que assim fosse.
Durante anos a fio nada mais fomos que estranhos, nada mais.
A vida é caprichosa, nós não a dominamos, faz connosco o que quer e quando quer. A razão, o destino, o que quer que seja tem razões que passam ao lado dos comuns mortais e passados mais de dez anos, contra todas a s evidencias, cá estamos nós. Mas agora é, e vai ser diferente, somos adultos conscientes e apaixonados, sabemos o que queremos e para onde queremos ir, por isso te digo:
Quero que me sintas, mesmo que esteja distante
Quero a tua emoção, vem para mim andando
Vem comigo, quero levar-te ao clímax dos teus sonhos
Quero descobrir os teus segredos
Matar os teus medos
Quero viver esta loucura
Que é tão só demasiado pura
Quero sentir o perfume do teu ser
Aconchegar-te no meu viver
Pois agora sei que te amo e que me amas.