O segredo do Tobias
Era uma vez um belo menino de cabelos ruivos, cheio, de belas sardas espalhadas pelo rosto, olhos verdes da cor do mar.
Tobias era seu nome, o último da lista do 11 irmãos, o mais mimado e que fazia mais tropelias com os outros.
Eram uma família feliz e que vivia relativamente bem mesmo sendo muito grande seu pai era dono de um grande supermercado que naquele tempo era mercearia para as gentes simples da comunidade.
Tobias era muito alegre com aqueles calções acima do joelho e seus suspensórios coloridos o faziam tão engraçado mesmo e quando ele ria, tudo, iluminava a sua volta. Ajudava seus pais quando saia da escola, levando entregas a casa dos clientes, as pequenas coisas que pouco pesavam e era algo que ele adorava fazer. Tinha sorte que todas às vezes sempre tinha um bolinho acabado de fazer que satisfazia a sua gula muita bem, ou ganhava uma bala ou chocolate.
Tinha um belo coração aquele menino que encantava todos os velhinhos da sua, pequena vila, sempre, disposto, ajudar ou escutar alguém que sentia sozinho. Um dia Tobias começou andar estranho pouco ria, muito pensativo e sumia por horas sem saberem onde ela andava. Perguntava, ele encolhia os ombros e respondia;
-Por ai, andava por ai...
E andando meio furtivo e cabisbaixo ele nem parecia o mesmo que tanto brincava e tanto tagarelava alegrando todos com a sua alegria de viver. Todos estranhavam, queriam descobrir o que estava a passar, mas ele nada dizia somente sumia por horas..
Um dia já cansado o pai do Tobias resolveu ir atrás do filho para ver que estava acontecer com ele, o Tobias andou muito pelos caminhos que iam dar fora da sua vila, viu ele entrar num velho casebre quase caindo, de tão velho que estava.
Estranhou, pois não conhecia ninguém por aquelas bandas, nem sequer tinham clientes por ali, tentou se aproximar devagar e viu uma velhinha deitada numa cama sem cor, tudo desbotado, roto, tão velho como as rugas dela. Observou e viu seu filho tratar de aquecer algo pelo aspecto devia ser comida e a dar com muito carinho. Ele a aconchegou e pegou num pequeno livro que estava na cabeceira cheia de caruncho e já desgastada que nem cor tinha. As lagrimas rolavam pela face do pobre homem, sem saber o que deveria fazer, resolveu ir embora e conversar com a sua mulher sobre o que viu e que podiam fazer.
Caminhou pensativo, cansado e cheio de calor, chegou suado, entrou na sua mercearia e viu a cara de preocupada de sua mulher que pressentia que algo grave estava a passar ali.
Atendeu sua cliente e logo foi ter com seu marido que entrou de cabeça baixa para a sua cozinha para satisfazer sua sede e refrescar seu corpo já cansado.
Perguntou aflita que estava acontecendo de tão grave assim, ele simplesmente respondeu eu estou sentindo envergonhado mesmo pelas deduções erradas sobre aquele menino.
Chorando ele contou o que viu e sua esposa também desatou a chorar sem parar, os dois quiseram fazer algo mas o que poderiam fazer se ela não tinha ninguém?
Decidiram a trazer para casa mas em segredo mesmo sem ele saber, preparam um quarto que tinham no fundo da casa e no maior segredo e no dia seguinte a trouxeram para sua casa.
Tobias, já ia sair de casa, correndo pois já era tarde para ele mas seus pais de forma gentil pediram ao Tobias se ia buscar um saco que estava guardado no quartinho do fundo pois o cliente já vinha buscar.
Abriu a porta e qual seu espanto a sua amiga velhinha estava ali sorrindo feliz, seus pais estavam imensamente felizes e com voz meiga e suave eles falaram, agora podes tratar da nossa avozinha e também seres ajudado por nós
-Obrigado filho por nos mostrares que ainda existe amor e esperança...
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