Poemas : 

Janela no Penhasco

 
Na desistência...
Ergues-te na magia...
Enlouqueces-te a ti e a mim.
E no penhasco,
rasgamos o teu vestido,
rasgamos as almas,
rasgamos os brocados que me cobrem,
corpos nús,
em luar abençoado,
uivamos nos céus da noite,
fazendo amor até amanhecer...
tu serás a minha sombra,
eu serei o teu pensamento,
tu viverás nas brumas do meu pensamento,
os corpos oscilam toda a noite,
em valsas encantadas,
em sonhos escritos e reescritos,
nestes papiros que juntos,
colocamos em garrafas e atiramos ao mar...
para que daqui a seculos,
milénios ou mesmo infinitos...
alguém a encontre...
noutro espaço, noutro tempo, noutra era...
e leia o que sentimos...
e leia que noutro tempo e noutro espaço...
alguém foi abençoado...
num penhasco...
duas almas...
em dois corpos...
tiveram o universo nas suas mãos,
pararam o tempo,
pararam o espaço,
e todo o mundo...
naquele preciso momento...
girou...
em torno de nós...
aves das noites d'Avalon...


Alexander the Poet

 
Autor
Domitor
Autor
 
Texto
Data
Leituras
652
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.