Amanda
È o nome que se instala e se aperfeiçoa nos ouvidos.
Faz sonhar num paradoxo surreal mais belo que o mundo pode mostrar.
Sinto abraçada por uma luz que agarra-me sem tocar num rumo sem existir mas que invade o sonho dançando com as palavras acabadas que faz-me ditar.
Ès e serás a mulher escrita nas minhas linhas contadas, que transformas as águas em jardins do teu beijo.
Ès a alma que dá a liberdade subscrita entre dois corpos entrelaçados num acto carnal que entra no meu pensamento e toca-me com as mãos do coração.
É um sonho que vou consumindo e vivendo sem ter asas que me prendam.
Sinto-me a levitar entre dois mundos afastados da ilusão humana bailando no ar com os pés molhados no chão.
Ès a palavra que nunca sei escrever nas páginas do meu livro inacabado... abres as tuas pétalas rosadas espalhas no infinito da minha imaginação que desejaria escrever mas... retiras, mordes, arrancas, tiras a tinta da sabedoria da minha caneta.
Perco-me e afogo-me no calor da tua pele e caminhos celestiais do teu olhar dizendo em palavras surdas encostada ao teu ouvido sentimentos não expressivos.
Ès a imagem desfocada que os meus olhos não querem ver uma negação repleta de desejo e sentimento que balança numa maré de cabeças agitadas que faz-me entregar-me á tua sentença de prisão de emoção.
Olho-te e vejo-te numa simplicidade congelante de força magnética que absorve os meus pecados e fico num estado de pureza tentadora que o próprio Diabo inveja.
Ès a força da natureza e beldade cruel que pára-me só para ver-te entrar naquela porta que abre o caminho abstracto dos sentimentos puros que tenho por ti.
E nisto finalizo apaixonadamente a tentativa pecadora e pureza as meras palavras que o meu coração fala por si... Dizendo vezes sem conta... Amanda... Amanda... Amanda.