Quando a mão espalmada acena
E o batimento cardíaco acelera...
Quando o peito esmigalha-se e dilacera
Por causa de uma figura pequena
Quando a gente ama muito
Que é impossível dizer o quanto
Quando o riso mescla-se com o pranto
Em meio a um abraço fortuito
Quando todas as palavras já foram ditas
E todas as frases de amor sussurradas
Ao ouvido. Restam apenas as desditas...
Resta (do último beijo) o gosto amargo.
De um relacionamento findo, mãos aladas,
Que permanecem no ar, num aceno largo.
José Anchieta