Eu tenho alma de passarinho
Que gorjeia em baixos galhos.
Que pacientemente faz o ninho
Em caducos e altos carvalhos.
Quando canta triste e sozinho
É que terminou seus trabalhos.
Foge da rosa e do seu espinho
De víboras com seus chocalhos.
E se, vê à beira de um caminho
Ou nas armadilhas dos atalhos...
As crianças que reviram ninho
Com estilingues – os pirralhos.
Escapa e voa livre o passarinho...
José Anchieta