Sabes, talvez não saibas, mas,
oiço o teu coração bater, e o meu,
pula de alegria, quando te sente junto.
Nessa eterna ternura, do infindável abraço,
desse momento que jamais é longo,
por muito longo que seja.
E as tuas palavras? Haaaa, todas elas mágicas.
Quando as oiço, o meu mundo fica preenchido,
são inúmeros contos de fantasia que criam,
onde a personagem principal és tu.
Só podia...
Sabes,
Sempre gostei de te beijar,
depois de saíres desse horizonte azul,
O teu corpo gelado,
contrastava com o calor da tua língua,
com um ligeiro toque a sal.
Não consigo esquecer esse gosto...
Nem desse, nem do teu atrevimento,
quando me arrastavas de volta,
para o azul frio.
Sempre aquela horrível sensação de quem
vai ser criogenado, mas, logo passava.
Logo que as tuas coxas me envolviam,
depois de se libertarem da opressão
da civilização, sentia a natureza.
Um vulcão em erupção que se acoplava
junto do meu ventre, queimando-me com
o seu magma.
Sabes,
Sempre foi bom essa tua rebeldia,
Os teus risos ainda ecoam na minha cabeça,
muitas vezes trazidos pela brisa,
vem juntos com os sussurros de prazer,
abafados pelas vagas.
Ainda sinto os teus bicos erectos contra
o meu peito, e o teu movimento de ancas,
em sintonia com as vagas, que me envolviam,
onde cada carícia se transformava em saudade.
e em cada saudade, a entrega de dois corpos,
ousando a plenitude do amor.
Por momentos,
A vertigem percorria todo o meu corpo,
estava em lugar nenhum, em tempo incerto,
sentir-te era o mesmo que ser invadido,
por indescritíveis sentimentos.
Nesses momentos o tempo dilatava,
não existia nada, nesse azul mar,
apenas eu tentando te amar.