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Desencanto (Manuel Bandeira)

 
Tags:  AjAraujo    poeta humanista  
 
Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira (1886-1968), um dos imortais poetas brasileiros.
Veja a sua biografia completa no site:
http://www.releituras.com/mbandeira_bio.asp

Veja também um vídeo com belas imagens, música incidental e a letra deste poema sensacional.



 
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AjAraujo
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