Porque me dizes para te esperar,
Se enquanto espero não me dizes nada?
Por maior que seja o meu amar,
Poderás voltar numa altura errada…
Uma onda crepitante de jazido
Que já se faz sentir no interior…
De pouco sou culpado, só absolvido,
Nauseante ao lembrar do teu sabor!
E se só pois o tempo aqui é fulcral,
Tenhamos o presente como um tal,
Não fiando ao passado solução!
Obtenho a consciência tranquila…
Sou peste da bondade que perfila
Sua vontade sem compensação!
António Botelho
A arte é um mundo à parte