Numa sociedade descaracterizada reina o medo, a omissão e a pobreza, em prol da democracia e da palavra. O medo de não se ter emprego ou de o perder, em nome da tecnocracia e de sistemas falhados. A omissão que cala perante os gigantes das industrias, que encerram fábricas e enviam para o desemprego milhares de pessoas. E por fim a pobreza, resumo de tudo isto, onde a democracia é vilipendiada e vendida à senhora burocracia. A palavra dá lugar ao silêncio e à resignação, é de bom senso as pessoas calarem, para não serem estigmatizadas e despedidas, dos seus trabalhos.
A autocracia impera, em nome de países livres onde os governos se preocupam com os seus cidadãos e concidadãos. Vivemos num mundo globalizado onde os senhores todos poderosos deixam de fazer cedências aos países mais pobres e desgarrados. Tudo é vendido a preço de ouro, as amizades são fruto do dinheiro e a Europa vive num caos, de falências e bancas rotas, um pouco por todo o lado. O petróleo é dono e senhor das nações, que não passam de regiões de terceiro mundo. As Nações Unidas perderam todo o seu poder de afirmação, transformando-se num bando de engravatados, posando para a fotografia.
Países invadem países passando por cima da auto afirmação e as pátrias não passam de aglomerados de tendas de campanha, onde impera a fome e os maus tratos, levando à prisão muitos dos seus líderes que pedem asilo político em troca de interesses e de dinheiro. Os defensores da liberdade são mortos em plena luz do dia, com tudo a ser registrado pelas televisões e pelos jornalistas, que arriscam as suas vidas em nome da informação. Por outro lado, para desmentir, todos estes desmandos, existe a contra informação, numa rede bem montada, para fazer valer os seus proveitos.
Tira-se o poder de compra às pessoas, para tapar falências de bancos e de empresas de renome, associadas a industriais com interesses políticos e sócio económicos. A justiça não funciona deixando que os tentáculos do polvo se apoderem de tudo, à sua volta, fazendo prevalecer a riqueza em nome de uma pobreza disfarçada e escondida, dos olhares mais atentos. Os poderes instaurados à força dos autocratas, não descuram o associativismo, que lhes garanta lucros imediatos, que enviam para bancos Suíços, onde impera o secretismo de má reputação. Bancos esses que ficam a dever muito aos tiranos, deste mundo.
A liberdade de expressão está amarrada a simpatias que auferem de associativismos que despertam o interesse e a curiosidade de políticos de renome
que tiram proveito dos partidos a que estão associados, para terem acesso a jornais e periódicos, como bem lhes aprouver. A censura impera e é rasurado o que não convém ao esclarecimento do povo, que compra e lê essa impressa, sensacionalista. A política anda de mãos dadas com a impressa, que lhe dá garantias de sucesso, para outros voos mais altos, dentro dos partidos políticos.
Este mundo soa a falso e age como tal, é preciso agir com firmeza.
Jorge Humberto
20/08/10