Tentam esquecer
Todo um ano de rotina
Divididos na escolha fina
Do tempo a belo prazer
Inquietude amordaçada
Trazem o freio da montada
Só pastam, não correm
São livres que não sentem
Será da existência
Com o seu feitio cíclico
E o homem veste o hábito
Repete, espera, até que a rotina o habite
Será medo
Ou com fraca memória
Que tudo repete até ao fim da estória
Será desejo
Que assim não se mete
Adormece a mente
Existindo repetidamente