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Enviado por | Tópico |
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anakosby | Publicado: 19/08/2010 15:34 Atualizado: 19/08/2010 15:34 |
Colaborador
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Re: morte certa,hora incerta
E agora, José?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José? E agora, José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio – e agora? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais. José, e agora? (...) Adoro este texto, grata por ter levado-me lá! BEIJO, GOSTO SOBRETUDO DA MUSICALIDADE QUE ESCREVES. |
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Enviado por | Tópico |
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GeMuniz | Publicado: 19/08/2010 22:05 Atualizado: 19/08/2010 22:05 |
Membro de honra
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Mensagens: 7283
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Re: morte certa,hora incerta
Queria não saber, mas muitas vezes sei... Belo, belo Alex.
Bj Gê |
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Enviado por | Tópico |
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Sterea | Publicado: 20/08/2010 10:10 Atualizado: 20/08/2010 10:10 |
Membro de honra
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Localidade: Porto
Mensagens: 2999
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Re: morte certa,hora incerta
Sei. Ser josé é saber isso, visceralmente, mas ir bebendo da vida, para esquecer...
Beijinho, Alex, estou por aqui... |
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