Crónicas : 

A LIBERDADE

 

A liberdade é um direito que se adquire à nascença e que deve perdurar vida afora. Nada mais importa do que a liberdade plena e consciente, contra tudo e contra todos. Deve-se estar ciente que a nossa liberdade existe, onde termina a liberdade do outro, por isso se deve ser rigoroso e exigente para consigo mesmo. A liberdade é o direito de debater e confirmar suas ideias e ideais. Sem ideais a liberdade é promíscua e de pouca duração, não passa de um ilusório sentimento que se esbate com o tempo. Liberdade de expressão não pode ser palavra vã na boca de ninguém. É a concessão assumida e determinante.

A liberdade é tanto um direito assumido quanto mais se luta para a conquistar. O poder manifestar-se um sentimento, sem medos nem preconceitos de outrem é o máximo da plenitude, desse direito conquistado e cinzelado, no dia-a-dia. A liberdade é um sentimento de grandeza, no acto ou efeito de exprimir-se livremente. A actividade da liberdade deve-se exprimir, em cada um de nossos conceitos, quer seja através da palavra quer seja através do sentimento que nos regula e prediz. A liberdade não deve ser palavra vã nem se deve descurar esse bem maior, como um sentimento de excepção.

A liberdade é a manifestação desse ou desses sentimentos íntimos, manifestados pelos gestos ou pelos jogos da nossa própria fisionomia. A liberdade não deve ser castrada, deve sim assumir um papel preponderante a levar pela vida afora. Todos os cidadãos devem ser possuidores de uma liberdade que os regenere, em caso de falha, que, convenhamos, anda de mãos dadas com o Homem. A liberdade é tanto maior quanto mais a pessoa exige dela, com predicados e bom senso. O bom senso deve ser comum mas exemplar para a comunidade, onde está inserido, na defesa dos interesses de toda uma sociedade pluralista.

A liberdade não se deve resignar àquilo que arduamente possui, deve querer sempre mais e melhor, nunca ultrapassando os limites do razoável e de suas possibilidades inerentes, passíveis de franqueza. A liberdade é o direito de proceder conforme nos pareça melhor para nós e para os que nos rodeiam, contanto que esse direito não vá de encontro ao direito de outrem. É o conjunto das ideias liberais ou dos direitos garantidos ao cidadão. A liberdade de se exprimir consoante as suas ideias e ideais, é a rectidão e o desassombro, dessa própria liberdade, que nos cabe.

A liberdade é justa e recta, desde que não se ultrapassem as fronteiras do que lhe é devido. Assim o cidadão provido dessa liberdade, nunca deve passar além de sua raia. A liberdade assiste-nos mas devemos cooperar e estar presentes sempre que é preciso auxiliar alguém, que momentaneamente ficou desprovido dessa liberdade. Devemos ser cooperativos e auxiliar a quem se nega à liberdade de expressão, porque se resignou ou se vê preso à sua própria identidade. A identidade com a nossa liberdade, deve ser contínua e activa, não pode viver de pressupostos e muito menos de esconjurações.

Jorge Humberto
17/08/10



 
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jorgehumberto
 
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