Poemas : 

Medo Da Chuva

 
Tempestade tenebrosa e fora de hora
O que ao meu Amor causa muito medo.
Não digo mais medo. Digo agora receio
Dos relâmpagos em mil ramos lá fora.

Receosa se recolhe e se enrosca em si.
Seus olhos atônitos percorrem o espaço.
Quando eles se encontram em mim
Vem desesperada para os meus braços!

Não faço nada. Deixo-me estar e a sorrir.
Pois ela mais me aperta a cada estrondo
Quando a luz azulada invade o cômodo
Beija-me num momento único... Sem fim!

Lá fora o vento sacode nossa velha roseira.
De fundo os risinhos das pombinhas juritis
Ocultas e esparramadas pelas tantas rameiras
Da gigantesca laranjeira existente ali.

Orquestra musical dos infindos pingos caídos,
Perdidos entre as flores do meu belo jardim.
Lavam as minhas begônias, tulipas e lírios.
Avivam as pétalas das violetas e dos jasmins.

As águas descem em cascatas para os rios,
Numa labuta bonita percorrem os confins
Do mundo subterrâneo, escuro e tão frio
Nunca pensando por um Salvador Dali.

Nada faço. Deixo-me estar e a sorri.
Pois ela mais me aperta e se assanha.
Como sempre a chuva termina na cama.
Quisera eu que todo dia chovesse assim!


Gyl Ferrys

 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/08/2010 19:11  Atualizado: 15/08/2010 19:11
 Re: Medo Da Chuva
Nada faço. Deixo-me estar e a sorri.
Pois ela mais me aperta e se assanha.
Como sempre a chuva termina na cama.
Quisera eu que todo dia chovesse assim!

Desse jeito não dá para ter medo da chuva rs, intenso como sempre... bjus amigo Gyl