Merda com merda faz merda Por maior que seja a lixeira Não é por merda ser merda Que passa a ser asneira
Mas a merda que corrói Não é a merda cagada É a merda que é lançada Em palmada que não dói Não dói na palavra usada Fere nas entrelinhas Frases feitas, sanguechuguinhas Do intelecto, que destrói
Quando a merda deixa de ter cheiro É sinal que nos habituámos a ela Quando a merda vira medalha Está exposta num cubículo
Quando a merda quer ser arte Ai Jesus mas que estandarte Parece farinha bichada Cheia de fungos cinzentos Que viraram coagulo No cérebro atrofiado De um actor mal disfarçado… Vestiu a roupa ao contrario Passeia em traje de fake Exibindo a arrogância Pobre tolo, mas que ganância Nem a forte caprichada Lhe tira o cheiro, a fragrância A franga do aviário…
Escaravelho rola, rola A tua bolinha de bosta Tanto rolas que ás tantas Vestiste a feia bola Arranjaste uma sacola Onde depositas excrementos Que no antes recolhes Para depois sem contento Remoeres em atenções Subtis de simulações Que te encham de emoções Á conta de fracas visões Que semeiam ilusões
Rolas, rolas e nem sabes Que a bola é mera vontade De chamares a atenção De colorires a vida Á conta do lado escuro De quem perdeu o sentido E dança no imaturo
Assim vão passando o tempo Só a eles causam mal… Espalham no seu quintal Um aroma a abandono Precisam estar no pedestal Para serem gente, sobreviverem Digam lá o que disserem São infelizes podes crer
Diz-me Escaravelho rola bosta O que é que isso incomoda Foi passado já passou No buraco se afundou Para quê trazer átona A merda que o outro cagou O que é que isso ajudou A fazer o mundo melhor Trata de largar a bola Semeia paz e amor Acredita que verás A vida de outra cor.
Sem ferir susceptibilidades e se ferir, olha que a merda me acuda, mas que cheira, cheira e que nem toda tem a mesma cor, também não, uma é ás bolinhas amarelas a outra é a preto e branco. quem será o zéanão