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MOMENTOS QUE VEDAM A BOCA

 
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MOMENTOS QUE VEDAM A BOCA

Assumo a banalidade do tempo
Ao pensar o que me sufoca
Corpo extinto, hora morta
Nenhum pedido me toca
A tirar-me do escuro e denso...

Apodreço-me em ato lento
Desmedida nau que emborca
Momentos que vedam a boca
Dos berregos dessa maloca
Penúria é quem sopra o vento...

O relógio transcorre atento
Aos minutos de vida porca
Que por morte o tempo troca
A cada idéia que me choca,
Soçobra meu ser cinzento...


Gê Muniz

 
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GeMuniz
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/08/2010 23:06  Atualizado: 22/08/2010 23:06
 Re: MOMENTOS QUE VEDAM A BOCA
Poema de amargura bem cinzenta! Outra maravilha de poema! Um abraco!


Enviado por Tópico
gil de olive
Publicado: 22/08/2010 23:19  Atualizado: 22/08/2010 23:19
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Localidade: Campos do Jordão SP BR
Mensagens: 4838
 Re: MOMENTOS QUE VEDAM A BOCA
Merece aplausos por mais um belo trablho!


Enviado por Tópico
Karla Bardanza
Publicado: 22/08/2010 23:24  Atualizado: 22/08/2010 23:24
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Usuário desde: 24/06/2007
Localidade:
Mensagens: 3263
 Re: MOMENTOS QUE VEDAM A BOCA
Adoro te ler.Mais um poema belo.

Beijo

Karla Bardanza


Enviado por Tópico
AnaMartins
Publicado: 23/08/2010 00:59  Atualizado: 23/08/2010 00:59
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Localidade: Porto
Mensagens: 2220
 Re: MOMENTOS QUE VEDAM A BOCA
Não gosto do cinza que nos enegrece os dias e descolora o caminho, Mas acredito que um dia brotarão novas cores ao nascer do dia, a ao fazer do caminho.

Excelente introspecção.

beijos