Tu, razão da minha insónia. Sereia traidora, feiticeira vil. Por que me prendes? Por que não durmo?
Será luxúria tua? Serei eu peixe para as tuas redes imensas? Nelas não brilho, nelas não sou diferente, nelas não passo de um peixe, de um mísero e insignificante peixe que, pelos seus entrelaçados fios, vê a sua vida desabar numa realidade marcada pela intensidade dos raios solares incidentes na já escassa água presente nas escamas que lhe restam.