“ Não possuir alguma das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade. ” (Bertrand Russell)
Afastei há longo tempo
A pena das linhas do caderno,
Onde de forma densa, intensa
Em imersão louca e profunda,
Registrava nas folhas amarelas
De agendas que viravam diário
De muitas histórias fantásticas
Que testemunhara no cotidiano
Aos poucos deixei na voz rouca,
Nos gritos estancados d´alma,
As passagens dos poemas,
Rascunhados, inacabados,
Sem trilhas, sem rimas,
Projetos surgidos do nada,
Acabavam sublimados
Guardados nas gavetas
Tempo que vi germinar sementes
De discórdia, de ambição, de miséria,
O poema está de volta, vivido e sofrido,
Porém, retorna arguto, crítico e redimido...
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Fevereiro, 1995.
Surreal Art by Rafel Olbinski.