Na terra lavrada dos teus cabelos
Onde sulcos são refeitos de dedos
A sementeira não passa de enredos
Feita por gestos tão breves e singelos
No ar que te rodeia de firmes castelos
Sopram leves e desprovidos de medos
Brisas assim misturadas com segredos
Quando andas e desfazes os novelos
Na ilha que te enleia de imaginação
És o mar onde navega meu coração
Que tem ancoradouro onde fundear
E assim exposta ao que me acontece
Passas como quem somente obedece
Ao desejo de por cá te demorar