Cai do céu, um raio!
E corta, e fere toda a escuridão...
E fulge no céu de maio!
Que tanto me traz a solidão...
Ruge - a cabeleira -, na cabeça...
E volve, tanto, à escuridão!
E ainda que o céu amanheça!
Corta!...E fere a solidão...
Do céu, é tão rubra a cabeleira!
E tanto mais, a escuridão!
Que me é seva companheira...
E corta!...E fere o céu de maio!
E nele, tamanha solidão!
É como o fulgir de um raio...
(® tanatus - 27/04/2010)