Não sou pintor, porém traço n'arte
as formas trancedentalíssimas de um mundo.
Ruge a pena - Os canhões de marte;
E das descobertas insígneas que nasce;
Crio, pois, sempre me deslumbro.
Ah,crio sons de tons rubro!
E flameja o papel, assim, confuso;
Crio-lhe céu, flores e tardes.
Agora, escrevo...
Movido por este instinto criacional,
que ultrapassa a diferença racial,
que nao se prende somente a carne.
(Fábio de Oliveira)