No vale das sombras e do charlatão.
Era uma vez um belo jovem, corajoso e de bons princípios, quis um dia enfrentar um velho feiticeiro de uma aldeia.
A aldeia do Sol, conhecida pelas Minas do Ouro que foram celebres e fizeram da aldeia a mais rica e famosa do mundo, embora hoje ela seja famosa por outros motivos em que nada, deixava vaidosa a sua população, pois era no medo e no terror que todos viviam.
Era uma montanha bem distante e depois daquelas curvas e precipícios existia um grande vale que se foi formando pelas explorações do ouro, as minas que outrora eram cheio de gente e, estrangeiros. Naquelas terras já passaram muitos carros de boas marcas apesar de ser difícil. A viajem se tornava bastante cansativa, mas tudo muda e o tempo muda as vontades do povo.
Aos poucos as minas foram exploradas, esvaziadas, tirando do ventre da terra o ganha pão e muitos dos mineiros e suas famílias dependiam dessas mesmas minas para sobreviver. Mas algo aconteceu, algo tenebroso e macabro dirá até que vários mineiros assassinaram suas mulheres, ficando mesmo loucos, nunca explicaram diziam apenas que era o que mandara fazer aqueles que moravam na escuridão nos túneis...
Foram médicos, padres, tudo que possam imaginar e nada explicava aquela matança coletiva e macabra porque eles jogaram os corpos em pedaços pela mina.
Claro que ninguém mais queria ir, assolava o medo e para ser franca o ouro já rareava e os donos decidiram a fechar, mas a conservaram para visitas pela imensidão de gente vinda de outras terras.
Falava o povo que pela noite escutava os gritos horrendos daquelas mulheres que elas vagueavam pela aldeia, infernizando aqueles que ali moravam.Certo dia um velho chega de carro, vestido de branco, lembro seus sapatos brilhavam e como eles brilhavam, chapéu preto e fumando cachimbo, as suas mãos brilhavam pelos anéis opulentos e repletos de pedras preciosas. Sua pele escura diria que quase negra, se fosse estudante de espiritualidade diria que era um pai de santo ou algo parecido.
Sai, orgulhoso de sua aparência e disposto a falar bem alto para todos escutarem que ele ia resolver os mistérios daquela aldeia e mandar as assombrações embora afinal, ele tinha muito poder dentro dele.
Ora o povo era ignorante, sofrido, que qualquer coisa era suficiente para acreditar e logo correu aos sete ventos do novo bruxo da aldeia, mas ele claro que não gostava que chamassem bruxo e sim um “O Grande Feiticeiro” com legados e conhecimentos antigos dos seus ancestrais.
Bem o povo tinha que acreditar em algo, algo que explicasse o desfecho das minas e das mortes, mesmo não vendo nada muitos afirmavam que viam fantasmas andando pela noite e as mais absurdas historias.
O que era verdade e que o bruxo estava enchendo os bolsos de dinheiro a cada dia mais, para governo dele e decadência tinha chegado um filho da terra que há muito tinha ido estudar para a capital e veio para ficar uns tempos com seus pais já muito, velhinhos.
Claro que ele visitou seus amigos, velhos conhecidos e aproveitou para algo que sempre quis fazer e nunca conseguiu saber a verdadeira historia,
Como aconteceu tudo e documentar os acontecimentos que servirá também para um trabalho final de sua faculdade sobre comportamentos humanos. Certo de estar em bom caminho e sendo ele um filho da terra, começou por entrevistar todos, aqueles que estiveram ligados aos acontecimentos gravando e dando ser parecer, claro que também pesquisou todos os relatórios médicos e do trabalho da policia.
Encontrou muita informação que ninguém sabia o veneno que tinham no sangue e que alterou completamente as condições físicas e psicológicas dos mineiros e nunca a companhia foi chamada a responsabilidade, depois também a própria imprensa que fez um circo de tudo para melhores vendas e audiências e apoiada pela própria companhia, pois assim ninguém estava vendo a verdadeira historia e os verdadeiros culpados.
Claro que falta o Feiticeiro a figura mais curiosa do lugar que estava ficando com os bolsos bem gordos por enganar o povo, pensou e pensou que fazer com aquela figura e logo teve uma idéia.
Chamou alguns senhores mais velhos da aldeia e combinou tudo com eles e marcou uma ida a mina com o feiticeiro, tudo correu como previsto, mas sempre tem um, mas...
Estava escuro como breu, a única coisa que se via bem era o fato e branco e os dentes do feiticeiro, o jovem fazia de conta que estava sendo assombrado e por uma mulher, o bruxo lá dizia sua ladainha, benzas e credos que só visto, de repente o bruxo fica pálido, queria falar e não conseguia, as pernas tremiam, olhei para o túnel e vi mulheres de branco, vindo em nossa direção, gemiam, gritavam sei lá mas era assustador.
Olho para o meu lado e nem sombra do bruxo ele tinha fugido, pelo que soube ele entrou no hotel e pediu as contas e falou que nunca mais viria a nossa terra.
No dia seguinte toda aldeia soube do acontecido, mas que nunca existiram fantasmas e sim oportunistas e passaram, a saber, a verdadeira historia dos assassinatos e perdoaram os mineiros.
Mas não acaba aqui não os donos da mina e que não gostaram muito, pois entramos com processos através das famílias lesadas que ficaram sem mães e pais também.
Nem todas tem um final feliz mas que este foi engraçado foi que o bruxo tomou do seu próprio veneno....
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