Poemas : 

 
"Por alimento tenho soluços,
e os gemidos vêm-me como água."

Jó, 3,24

As águas me emprestam um pergaminho
- Que palavra escrever?

Lobos me esperam no fim do caminho
- Quem pra me socorrer?

Esteira onde durmo é feita de espinhos
- Devo graças render?

Já não tenho pão nem água e nem vinho
- Algo mais a perder

O solo fértil tornou-se daninho
- Que outro mal vai nascer?

Meu corpo em feridas arde sozinho
- Até quando hei de crer?

Prende-me cruel este remoinho
- Senhor posso morrer?

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júlio


Júlio Saraiva

 
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Julio Saraiva
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/08/2010 12:21  Atualizado: 07/08/2010 12:21
 Re: JÓ
Sei lá cara, o poeta - ainda bem - inquieto pergunta coisas de deixar os "cabelos em pé" ou os olhos murchos, disfarçando a inercia da vida nos pés.
Bom demais.
Abraço
Edilson



Enviado por Tópico
aurelia.coutinho
Publicado: 08/08/2010 13:56  Atualizado: 08/08/2010 13:56
Muito Participativo
Usuário desde: 14/07/2010
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Mensagens: 69
 Re: JÓ
Uma sugestão de leitura que acato, curiosa.

Beijos
LIa


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/08/2010 01:37  Atualizado: 09/08/2010 01:37
 Re: JÓ
gostei mto do teu poema ter ser baseado no livrod e Jó, o qual é um dos que + gosto.

abraço