Dedico-lhe estas flores, meu amor,
Nesta estação, primavera tão florida...
Rosas vermelhas, brancas, de toda cor,
Bosques de jasmins, e jardins de margaridas...
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Dedico-lhe minha poesia com sabor,
Chantilly com morango, tão insinuante...
Hortelã com chocolate para aumentar o calor,
Vinho com queijo, para ficar mais provocante...
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Dedico-lhe meu perfume, em tua pele tocada,
Às vezes Almíscar, outras Madeira do Oriente...
Espumas de sais, a sua pele banhada,
A alma lavada, e o meu aroma em ti presente...
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Dedico-lhe esta musica que soa romântica,
Para embalar o nosso sonho de amor...
Tocando o sentido, a sua figura tântrica,
Que és de meu coração, possuidor...
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Dedico-lhe a minha vida de guerreiro,
A raça de quem não cansa na jornada...
O momento da troca, quando lhe assumo por inteiro,
O beijo na boca, a hora abençoada...
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Dedico-lhe o meu corpo em estado pleno,
Para que me assuma com muita sensualidade...
E que junto a mim, mantenha o toque sereno,
Vinde amor, encontrai em mim sua pluralidade...
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Dedico-lhe o meu olhar marcado pelo peso da tara,
Eis que ele fala, quer o seu corpo, como o sol quer o dia...
Um universo atraente, que me atrai e nunca para,
Uma mão cega que não vê, mas sabe para onde ia...
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Dedico-lhe toda esta sobreposição de corpos,
Minhas pernas pelas suas embaraçadas...
Amaremos, até pelo cansaço estarmos mortos,
Não importa a hora do dia, não importa a madrugada...
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Dedico-lhe agora o meu cansaço em teus braços,
Contigo fui ao céu, muitas outras vezes assim...
E como os ácidos que corroem os aços,
Corroeste-me, mas não me levaste ao fim...
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Por que agora, dedico-lhe o meu amor,
O que turbilhona a minha essência de vida...
O toque consagrado, de um momento arrebatador,
A soma de nós, que nunca será repartida...