Minha natureza hoje é quem lhe chama,
Meu corpo que reclama, queima febril
Num desejo por este quarto se esparrama,
Como um animal que chegou pleno ao cio...
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Quero é num todo te devorar,
E neste leito eu lhe abato e lhe consumo
E se fores fumaça, quero lhe tragar,
Sua alma é como o vicio que fumo...
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Quero entranhar-me em teu pecado,
Circulando-te por todos os lados
Depois assim, aspire-me depurado,
A alma e o corpo agora purificado...
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Quero tudo que está em face do delírio,
Meu consciente é impaciente diante do amor
Quero a luz vinda deste constante brilho,
Do devaneio aliciado, de um menino sonhador...
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Envolverei-me em teu corpo feito cobra,
E meu veneno em ti será entornado
E será em cada curva, em cada dobra
Deste teu corpo mais que desejado...
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Sim, são delírios que me percorrem tácitos,
São às vezes noturnos, e outras são vespertinos
Eles constituem em mim, diferentes hábitos
E nada pode deter-me, se este for meu destino...
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Eu sou tarado diante de teu corpo feminino,
Assim o assumo, eu o quero, não sei resistir
E passo a ser um homem com a cara de menino,
Nesta sua essência que me faz existir...
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Quero-te outra vez envolvida sob mim,
Assim lhe sorvo bem aos poucos
Até que juntos chegarmos ao esperado fim,
Assim deste jeito, delirando como loucos...