NO MEIO DO CAMPO
Corre ao vento
Um tudo que acalento...
Quando a coisa que a gente ama
Começa a nos deixar tristes
É melhor parar.
Me transporto a uma sonata,
No início muito alegre,
Divertida…
No meio percebe-se
Uma parte sombria
E o final não existe,
Porque tudo volta ao começo.
É como a vida…
O amor…
Os relacionamentos…
Assim, para aliviar,
Quando as sombras aparecem
Desligo um pouco,
E espero um novo recomeço…
Nesse enquanto contemplo…
Miosotis orvalhados…
A lua que me olha complacente,
Enquanto o sol me ofusca
Com seu brilho, invadindo
Aquelas 'pegadas' sombrias…
E o rastro se torna iluminado.
Nesta fantasia me transformo
Numa, metamorfose borboleta,
Mulher solar…
E reconto o precioso tempo
Da espera…
Onde cada segundo é eterno
E faz a grande diferença.
Se conformar com isto…
Ninguém merece.
Mas é preciso reeditar sempre
Tirando do pior, o melhor.
Viva.
Ibernise
Indiara (Goiás/Brasil), 09.05.2010.
Núcleo Temático Romântico.