Nessa velocidade em que o tempo caminha,
Quero andar sempre à frente das lembranças,
Na dianteira que a vida, que meus atos me permitam,
Vivendo o sossego e a liberdade de viver sem elas.
E quando a vida me pregar peças e tropeços,
Que elas me alcancem, que me protejam,
Que acalentem meus momentos de angústia,
Que sentem ao meu lado e me revigorem.
Não quero o sossego das sombras e frescor,
Das tardes mornas a espera das noites protetoras,
Que encobrem ébrios e saudosistas costumasses,
Quero é viver o presente de paixão e glória.
Quero crédito na conta da vida que corre veloz,
Quero acúmulo de momentos de prazer e deslumbre,
E quando o serenidade da idade chegar e fazer moradia,
Que eu tenha lembranças de prazer pleno e extremismo.
Que os mal amados me invejam nessa lida,
Eu vivo a vida e o que ela me oferece todo dia,
Prazer, regalo, luxuria e desejos sem correntes,
Saldo para o dias de calmaria nesse mar da vida.