Subindo a velha calçada
Brincando a caminho da escola
Velha estrada desgastada…
onde segue um menino travesso e estarola
Rota, onde dia após dia dá brilho aos seus sonhos
Divagando nas aventuras de garoto
Conciliando-as com seus momentos tristonhos
Tempos de ausência de alguém, que os passa por vezes meio absorto
Na rota da velha calçada conhece cada pedra como se fosse sua
Trata-as por tu pois todas reconhecem seus pequenos pés…
cadencia de seus passos … sua existência nua e crua…
lamentam vida com tanto invés
Pára, e vê um dos pórticos de seus sonhos…
a entrada do velho castelo, onde por habito dá asas a suas fantasias
imagina-se, soldado, valente guerreiro, mas dos mais bravos…
sobe, desce, vezes sem conta aquelas muralhas
olha e contínua, contrariado…
para a escola, a caminhar…
deixando seu desejo adiado
sua vontade de brincar
Depara-se, como em tantos dias… velho campo de Santa Clara
Num virar de cabeça repara e sorri, tem o rio em seu olhar
Maroto o menino de rua, que faz gazeta na escola pois o Tejo o tentara
Ele e o seu habitual companheiro, de cujo nome que já não consegue recordar
Sobem ao mercado, miram quem passa
E com o ar de toda a inocência, conseguem a peixeira enganar
Escapam, fogem á pressa
Ofegantes, correm, riem, descem ao rio para caranguejo pescar .
scorpio