Por entre o nevoeiro do amanhã
Nascido de uma manhã de nevoeiro, a névoa
Deixou as suas pisadas na neve que cobria
O pathos de uma tragédia grega
Ensaiada no deserto.
E é quando a selenita placenta de uma nação inteira
Se desagrega
Do útero matriarcal
Que os atiçadores de palavras e os escrevinhadores de incêndios
Se apercebem que é
A violência o último Dom Sebastião dos fracos…
Quando tatuaremos a Mensagem na Carne como quem marca o gado?
Quando tragaremos novamente o Mar como quem bebe sangue?
Quando carpiremos o Céu com lágrimas de fado?
Quando conquistaremos o Passado que nos fita Adiante?...
Uma mão angelical afaga-nos o cabelo e toca-nos o sexo em cada momento de desespero…