Tinhas nos olhos um rio doce e eu fui margem que te quis tanto!... Mas quis-te a foz mais do que eu te pude amar ou te prender... E nas dores minhas de te perder salguei meus olhos, tornei-me mar, fui o teu berço de desaguar...
Tinhas nos olhos um rio doce que guardei dentro dos meus, mas da mistura que fiz de nós só o azul aconteceu, já que em pura sublimação todo o teu ser se elevou, todo o meu ser é reflexão: mar desespero e puro céu...
Levou um pouco do rio e com as nuvens construiu cavalinhos de algodão.
Tens dela o rio As suas mãozinhas te agasalham do frio Brincando com os raios de sol Te manda incenso de amor Ao contemplares o céu Que pintou com a sua cor