Luso-Poemas
 
Poemas : 

Meter a foice em seara alheia

 
Rasto compensado
Pela mesura concebida
Em espaço inconsequente

Frutuoso desempenho
Jamais projectado
Em pretextos do entendimento

Ídolo bajulado
Pela imagem perdida
De tudo que é impertinente

Riscado o desenho
Do pilar arquitectado
Após seu aluimento

Desenlace contrastado
Realizando a despedida
De quem não é influente

Desfalecido pelo engenho
Do plano alvitrado
Que não teve consentimento

Querer mexer no que não sabe
É fazê-lo em sopa cheia
Opinar quando não lhe cabe
Poderá deturpar uma ideia
Pelo horizonte que se abre
Ao se congeminar uma teia


António MR Martins

2010.08.03

António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...

 
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Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 03/08/2010 23:25  Atualizado: 03/08/2010 23:25
Usuário desde: 06/08/2009
Localidade: Sorocaba - SP - Brasil
Mensagens: 2028
 Re: Meter a foice em seara alheia
Gostei da mensagem reflexiva do seu poema, António. Grande abraço e ótima semana.

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