Desesperas-me em saudade
Amo-te de verdade
Enlouqueces-me no prazer do pensamento
Do coração as batidas do chamamento
O teu nome sem fim
Quero-te sempre ao pé de mim
Angustias-me se não te falo
Oiço o amor e me calo
A tua voz resplandecente
Vou amar-te eternamente
Como chuva que molha a terra
Como a neve dá cor á serra
Tu das cor a minha vida
Da doce paixão sentida
Forte e desigual
Fonte lacrimal
Para sempre gravada a palavra enamorada
O corpo num arrepio
Tu por quem me guio
O coração apaixonado
O segredo revelado
Da carta fechada
O paraíso a entrada
Do ser num sorriso
Do beijo ao riso
Calafrios sentidos
Dos corações comprometidos
A estrela que brilha
Oceano sem ilha
Paladar desfigurado
Doce enganado
Caminho clandestino
Forte do destino
Sonetos separados
Dos poemas namorados
Fortaleza divina
Tágide masculina
Verdades incompreendidas
Pegadas desiludidas
Jamais se consegue
Dizer o que nos segue
Poucos que aprendem
Escassos que tendem
Veloz como setas
Definições incorrectas
Errado e incompleto
Desse raro afecto
O sentimento que se estende
Que só Deus entende
Que poucos acolhem
Os corações que escolhem
Impossível de definir
O que por ti estou a sentir
Desconheço o nada
Mas digo definição errada
Sei que também sentes
Com o teu olhar me desmentes
Jamais a Deus comparados
Expressamos nos beijos demorados
Um dia sonhei
Que contigo me casei
Jamais me cansarei
De dizer que só a ti amarei
O cheiro que brota de ti para mim
São rosas perfumadas de cetim
Não sei explicar a razão da vida que jorra da tua cor
Mas sempre cantarei a verdadeira melodia do amor