Como som de flauta doce - doce mel encantador
teus ouvidos vai ferindo... faz-te presa indefesa,
modula teu coração, relutante de fraqueza!
fere-te na alma... um canto novo indagador?!
Notas agudas apuram teu ouvido aguçador
curva-te à melodia atenuante da tristeza...
teus olhos iluminados - põem as cartas à mesa
lágrimas, então, secadas, tecem juras de amor!
Nossos olhares se cruzam, postos em toucador
Textuando a nudez da alma - tenra - qual a natureza!
louca revelação, dessa paixão, com certeza...
Entrega sem arestas... Duas metades numa só!
flechada de puro amor. Findada em si maior...
explosão de sentimento, que o tempo cantará!