Rouxinol, na gaiola, enfurnado!
Que vai preso, sem por quês...
Que canta tristonho... Magoado!
Dentro de mim, a sofrer...
Canta meu canto de desilusão!
Abranda do meu peito, essa dor!
Canta, amargurada solidão!
Tudo o que a saudade deixou...
Sofro tanto nesses dois mundos!
A agonia de ser encarcerado!
Dentro de um desgosto profundo...
E canta rouxinol, em tormentos!
E canta, assim, encantado!
Os meus mais tristes lamentos...
(® tanatus - 22/03/2010)