Sentado na minha cadeira preferida,
Escrevo-te estes versos de quimera,
E até que a poesia seja aqui preterida
Dir-te-ei, hoje, o que nunca te dissera.
Dir-te-ei do amor o seu conluio final,
Da vida a sua atitude mais ponderável
E de que tudo que existe é nada afinal
A persistirmos que ela seja racionável.
O amor pertence à alma e ao coração,
É semente que se larga à terra imatura
Para colher mais à frente a informação
Que fará da origem a sua eterna figura.
Só quem nunca amou não sabe da vida,
Por isso, amor, escrevo-te este poema,
Ele é a espoleta que desbrava e envida
A lutar sem desfalecimentos ante o tema.
Jorge Humberto
08/08/07