Assassino-me por instantes breves
P´ra poder ir ao céu e poder voltar!
P´ra te ver lá de cima nessas greves
De encontros nossos por demais te amar!
Justifico-me aos Deuses por te ter;
Eles reclamam a tua pertença
Mas sabem que não te podem mais ver
No jardim do éden! Só tu me és intensa!
E agora mais que tudo me pertences,
Tal como a gravidade que tu vences
Ao dizeres que me adoras decerto!
Um protocolo sem assinatura,
Trato sentimental sem mais rotura,
Receio do consumo que é incerto!
António Botelho
Há muito que meus tons melódicos poéticos não se gesticulam em escrita ou sapiência mental, pois eis que o amor chegou e a poesia abafou...