Poemas : 

IRREVERENCIA

 
Quero gargalhar do tempo,
Que não me dá tempo,
Para pensar nos dias.

Vou vangloriar o tempo que roubei,
E que me dei de luxo e ousadia,
De gastá-lo à toa sem importar às horas.

E contando estrelas na noite pura,
Irreverente ao tempo que passa,
E que faço que nem vejo, ignoro,
Fazendo caso da sua pressa.

Sou menino que brinca,
Alheio ao tempo e ao brinquedo,
Vagando no futuro, sem tempo pra voltar.

Sou a rede estendida,
Esperando um corpo,
Uma mente solta,
Um ser sem pressa,
Para espreguiçar a vida.
Sou irreverente ao tempo,
Servil dos dias que passam,
Que se demoram na rede,
Balançando folhas soltas ao vento,
Alheias ao tempo irreverente


EACOELHO


 
Autor
EACOELHO
Autor
 
Texto
Data
Leituras
2880
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.