Meu travesseiro é meu guia,
Que me escuta, com quem pondero.
Que me conduz para o norte,
Rumo da estrada da minha paz pretendida.
As noites bem dormidas são meu farol,
Que norteia meu rumo, meus cuidados,
Que me aponta o meu porto seguro,
Destino da minha buscada paz interior.
No porão da minha vida, carrego certezas,
Relembro e repenso os mares percorridos,
Desde o porto longínquo donde parti,
Até o cais distante que espero aportar.
Meu travesseiro é meu juiz,
E tem sido austero e justo comigo,
Bate martelo, ralha, alertando desvios,
Então me acalmo e recorro à bússola,
Herdada dos princípios dos meus.
Carrego paz nos porões de onde navego,
Em seu interior, meu interior,
E então navego em águas tranqüilas ao redor,
Com a certeza de obediência ao meu travesseiro,
Que me indica o caminho do dia seguinte,
A trilha da pretensa paz exterior.